terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Olá!? tem alguém aí!?

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Está cada vez mais difícil escrever.

Mas eu já não me lembro de quando foi fácil.
As vezes eu pego uns cadernos amarelos e me fascino com a facilidade que eu tinha.
Quem disse?
Fácil é o caralho!
Nunca foi fácil.

Só que está ficando mais difícil.

Acho que depois que a Zínia acabou eu nunca mais tive gosto de escrever.
(acho que depois que a Zínia acabou eu não tive mais gosto de fazer muita coisa)
Sei lá... Voltar a tocar, voltar a planejar uma banda está sendo motivador para mim.
Mas ainda assim...

Por exemplo: neste momento escrevo a 6 versão do que a próxima linha seria.

E eu ainda não decidi.
Entre ficar em silêncio, ou simplesmente me despedir.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

ένα καλό τίτλο - um bom título (grego)

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TÉDIO. - PORTUGUÊS
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mërzitje - albanês
Langeweile - Alemão
скука - búlgaro
avorriment - catalão
dosada - croata
kedsomhed - dinamarques
nuda - eslovaco
Dosade - esloveno
Aburrimiento – espanhol
Igavustunne – estoniano
Ikävystyminen – finlandês
l'ennui – francês
ανία – grego
שעמום – hebraico
verveling – holandês
kebosanan – indonésio
boredom – inglês
noia – italiano
garlaicība – letão
nuobodulys – lituano
kjedsomhet – norueguês
nuda – polonês
plictiseală – romeno
скука – russo
досада – sérvio
inip – tagalo
nuda – tcheco
can sıkıntısı – turco
нудьга – ucraniano
chán nản - vietnamita

domingo, 28 de junho de 2009

Eu começo com uma metáfora. Mas sempre termino com uma constatação.

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Existem pessoas que fazem parte de você.
Pelo menos fazem parte de mim.
Gente que já não bastasse fazer parte da minha vida, mas influenciam na minha personalidade atual.
(Porque poucos dados da personalidade são invariáveis).

Mas, se tem alguém que não faz parte do seu presente, o que fazer?
Porque, se a única coisa que te uni a alguém é o passado, que, a propósito não é ao menos glorioso, só resta saber se há futuro.
Ou, se você deseja ter algum futuro junto de.

Olho só, eu estou citando duas pessoas quaisquer. Um relacionamento interpessoal qualquer.

É que outro dia eu estava limpando meu armário, e descobri “fósseis” de gente que a muito não via.
Ok. Até via. Mas não sentia perto.
Sabe?

E, depois de ter uma experiência de convívio forçado com essas pessoas um dia desses, me senti questionado:
Eu não sei se os quero em um futuro próximo.
Não sei se os quero em um futuro distante.
E o presente não me agrada muito.

Eu comecei limpando meu armário, mas agora estou pensando em me livrar de algumas pessoas.
Me desvencilhar de coisas que não me fazem mais bem, seria, no mínimo, andar para frente, certo?
E eu preciso muito sair do lugar.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Veríssimo.

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Acho a maior graça.

Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 13 de maio de 2009

conto inventado de um escritor fictício.

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Ela andava meio tênia.
Falava até mesmo sozinha.
Sentia falta de alguém.
Alguém que não podia.
O silêncio, ótimo conselheiro, era roubado por mentiras.
Destas que muitas vezes são ditas com a maior das intenções.
A intenção de mentir.

Ela andava meio tênia.
E nada a fazia companhia.
Tênia, seguia.
Rancorosa, talvez.
O marasmo a encontrava de dias em dias.
Mas, com azar a vida feita, só ele a encontrava.
E a fazia passar mal.

Afasia também.
A fazia sentir.
Que de tudo um pouco
E muito, não se fazia feliz.
Ela andava meio tênia.
E a solidão, irmã gêmea, sorria
O silêncio calava, e a gangrena doía.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

citações

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‘A sabedoria é algo que quando nos bate à porta já não nos serve para nada’



“Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco.”
(Memórias de Minhas Putas Tristes - Pg. 74)


Gabriel Garcia Marquez

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ratos nas janelas. Ratos dentro de casa.

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(Isto é confessional)

Eu acreditava não temer nada.
Eu acreditava em uma segurança.
Até acreditava em uma paz.

Até domingo passado, o único medo que eu tinha ao chegar em casa,
era de ter esquecido alguma janela aberta e que entrasse algum rato.

Mas agora...

Como sabem meu endereço?
Como sabem o que eu faço?
Como sabem o dia em que eu tenho dinheiro?

Como?

É o mal do terrorismo: o medo.

A cada vez que vou fumar um cigarro na garagem, de madrugada, tenho medo.
“Eles vão voltar”
a cada barulho que escuto, tenho medo
“eles estão aqui”
E digo “eles” assim, entre aspas. Pois tenho medo.

Medo de escrever sem aspas e torna-los mais reais.

Hoje eu tenho medo. E é muito desconfortável para mim.



Sempre andei pela rua com os olhos abertos, mas, nunca liguei para meus bens ou para minha “segurança” (com aspas).
Sei que tudo que conquistei, merecidamente ou não, posso conquistar de novo.
Claro, algumas coisas só têm valor para quem as porta.
Mas, sei que um celular não vale nada. Eu economizo e compro outro.
Dinheiro também.
Minhas ferramentas, como foi o caso, são fáceis de se encontrar.

Tudo bem.


Mas eles me roubaram a segurança da minha casa.
Roubaram a paz da minha rua.
Roubaram a minha independência.
E tudo o que sempre falei antes, foi contradito.
Agora, pois, tenho medo.

E, é bem desconfortável.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Mais distante que a lua?

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O homem na lua grita desesperadamente.
Há um tic e tac em sua tola cabeça.
E aparenta ser tudo tão distante...
Ou, mais distante...

Tic.
Tac.


Mas TUDO fica assim, tão vazio e desvalorizado.
E TUDO é tão frio e calculista.
E TUDO parece já pensado.
No final, TUDO não significa ignorantemente nada.

Tic.
Tac.

O homem na lua nunca foi bom em sentir
Então, também não sente falta.
(Muito menos dos jogos de palavras.)

O homem na lua só pensava em ir, ver e voltar.
Hoje se pergunta: “vale a pena?”
(“Talvez um dia, pra jogar cartas...”)

Tic.
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..
..
..
...
...
...
Tac.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

um ponto

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(não sei porque você quer tudo o que se passa na minha cabeça...
mas, é mais ou menos isso: sem lógica, sem métrica e sem sentido)

Assim que a dor de cabeça passar, quem sabe o mundo se dissolva.

Não sei o que a foto significa.
Não sei o que esse livro me representa,
e nem sei me identificar com essa canção.

Me desculpe se sou pouco cristão,
mas nada disso vai mudar em tão pouco tempo.
Eu tenho esperança de que, um dia,
eu não precise mais de esperança.

Estou tão perdido quanto jamais fui.
E nem sei se desgosto.