segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Isto não é uma crítica. Isto não é um texto. São só uns rabiscos de intimidade que prefiro compartilhar, para não esquecer.

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Na quinta feira fui assistir a “o Mágico” no cinema.
Desenho bacana. Ok. É Francês, sem quase diálogo algum e lembra muito o jeito de contar piada do Chaplin. Lembra uma época sépia, que o humor era provocativamente inocente.
Eu gostei. A De odiou. Falou que era parado demais e não entendeu. (Só que eu também adorei Scott Pilgrim e ela também odiou, então... sei lá.)
Na verdade, é mesmo um filme parado que me fez dormir em duas situações. Mas eu ainda sustento a minha desculpa, porque trabalhei o dia inteiro... bla bla bla... e estava cansado... bla bla bla...

Mas o que me importa é o enredo do filme:

“O Mágico conta a história de um artista que está em decadência, cuja fase de glória está sendo roubada por estrelas emergentes do rock. Forçado a aceitar tarefas cada vez mais obscuras, como se apresentar em bares falidos e festas no jardim, ele conhece uma jovem fã que muda sua vida para sempre.”

- segundo o site do Unibanco Art Plex.

É mais ou menos isso, acrescido de que uma destas “estrelas emergentes” do rock é uma banda ridiculamente clichê e gay, que me lembra muita coisa que eu vi por aí, e muita gente que eu conheci...

Mas o ponto principal é a decadência. Chega um momento na vida do coitado que só um menino e uma senhora surda o assistem. Ou quando ele tem que pagar para baterem algumas palmas a ele. Triste.
E acho que é exatamente por isso que gostei tanto do filme. Me reconheço no mágico, talvez por saber que serei o último a me reconhecer como irrelevante.
Porque eu sou teimoso, primeiramente, e depois, porque sou passional demais com tudo.
Ou infantil.
Fica a cargo do leitor decidir enquanto percebo que entendi o porque do formato desenhado do filme: me lembra uma infância, mesmo ainda adulta, que nunca tive.





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2 comentários:

Pedro Sobreira Bezerra disse...

Você já tem os meus aplausos.

Zigg Stardust disse...

ah cara...sei lá, seria idiotice acreditar que um comentário de um amigo mudasse qualquer coisa...Mas te acho extremamente relevante em tudo que você faz (tudo que eu sei que você faz, que eu acompanho, você entendeu né?!).
Me interessei pelo filme!
Ahhh Seria idiotice também dizer algo pra tentar te fazer não sentir o que você sente, essas coisas são necessárias cara...não descobri pra que ainda, mas acho que saberemos em breve!

Abraço!